Contações

Realizo Narrações Artísticas em escolas, livrarias, bibliotecas, circuito SESC, ONGs, fundações, institutos, centros culturais, festivais, eventos particulares etc.
Com a presença de músicos convidados, as apresentações entrelaçam contos, cantos, danças e brincadeiras tradicionais, envolvendo crianças e adultos.
Meu cardápio de Histórias de Boca oferece (re)contos tradicionais do Brasil, contos de outros cantos do mundo recontados à brasileira e contos autorais inspirados nos tradicionais.
Também desenvolvo textos a partir da história de vida dos interessados (mestre de cerimônias, casamentos, aniversários, batizados, bodas, entre outras celebrações).
Aí vai uma pitada do cardápio de Histórias de Boca!
(RE)Contos tradicionais do Brasil
A Árvore da Campanária
Em um reino distante, havia uma árvore mágica. Era um oráculo que tudo adivinhava. Certo dia, a filha do rei é levada para longe por um imenso pássaro, mas seu destino permanece misteriosamente entrelaçado à Árvore da Campanária. Nessa narração artística, que reúne cantos tradicionais do Brasil e toques de capoeira angola, o berimbau transforma-se em personagem, tornando-se a árvore falante.
Adaptação do conto popular da Bahia, recolhido por Doralice Fernandes Xavier Alcoforado, da boca da narradora popular Esmeralda Araújo Zuanny, em 1984.
Maria e o Peixe Encantado
Adaptação de uma das inúmeras versões brasileiras de Cinderela, recolhida na Bahia por Edil Silva Costa. Reunindo cantigas tradicionais, a narração artística conta a história de Maria, desde cedo maltratada pela madrinha rica. Um dia, a menina encontra um peixe mágico na veia d’água do rio que vai mudar para sempre o curso de sua vida.
A Princesa de Bambuluá
Adaptação do conto tradicional recolhido por Câmara Cascudo. É a história de João que atravessa inúmeros desafios em sua jornada para se casar com a Princesa de Bambuluá. Segundo uma criança, o reino era assim chamado "porque tinha muito bambu lá". O gestual, o figurino e os elementos cênicos da narração artística são inspirados na cultura afro-brasileira.
JESUÍNA E A CABAÇA
Adaptação da história ouvida da boca do educador mineiro Adelsin, que ouviu da boca de sua mãe Guigui, que ouvia da boca de Dinha Aninha, Dinha Celeste e João Vaqueiro, que ouviram de outras bocas. Ao som do berimbau, o conto de tradição oral apresenta um pouco da história desse instrumento, narrando o incrível pega-pega entre a menina Jesuína e uma cabaça encantada.
Dom Maracujá
Este reconto particularmente marcou minha infância. Conta as aventuras de uma família de avarentos que resolve assar um churrasco no deserto, bem longe de casa, só para não dividir a comida com ninguém. Acontece que, no meio das areias escaldantes, eles dão de cara com um terrível papão de olhos de fogo: o Dom Maracujá.
Os Corcundas
Este conto popular brasileiro tem "parentes" em muitos cantos do mundo como, por exemplo, a versão tradicional japonesa intitulada O velho que perdeu sua verruga. É a história de dois primos corcundas: José, que só reclamava, e João, que matutava com seu coração pensante.
A Cabrinha e a Onça
Trata-se de uma versão brasileira do clássico dos Irmãos Grimm O Lobo e os sete Cabritinhos, com a participação especial do Compadre Calango, da Comadre Lagartixa e da Comadre Formiguinha.
Nas palavras de uma criança, “é uma história de engolir”. Era uma vez uma mãe Cabra que tinha muitos filhotes. Todos os dias ela ia para o mato comer e depois voltava para dar leite aos cabritinhos. Acontece que a Onça começou a rondar a casa, com a intenção de papar os filhotes.
Adaptação do conto cantado da tradição oral baiana, informado por Zildete Benedita Souza Santos e recolhido por Doralice Fernandes Xavier Alcoforado, em Salvador.
Zabelinha Zabelão
Mais uma “história de engolir". Adaptação do conto que ouvi da boca da contadora Karin Patrícia e que ela ouvia na infância da boca de sua avó Laudelina, a Vóia, como costumava ser chamada.
Zabelinha era uma menina que só comia ovo. Um dia ela devora um ovo gigante que sua cachorrinha Jambilula encontra no jardim de casa. Mas, à meia noite em ponto, a Monstrenga, mãe do ovo, aparece para chocar...
Contos de outros cantos, recontados à brasileira
As três laranjas do amor
Adaptação do conto popular espanhol, a partir da fusão de cantigas tradicionais
brasileiras, danças e ritmos flamencos. A história conta as aventuras de um
príncipe triste que parte em busca de três laranjas mágicas.
MARIA SABIDA E O JOÃO DO UIA
Versão brasileira do conto tradicional norueguês A princesa que sempre queria ter a última palavra. O reconto nasceu em 2007, brincando com crianças. É a história de uma princesa metida a saber tudo e de um moço com fama de bobo que resolve enfrentar um duelo de boca para se casar com ela. Foi publicado em 2016, pela editora Panda Books, com ilustrações de Sylvia Vivanco.
A VERDADEIRA MÃE DA CASA
Em 2001, no Boca do Céu: Encontro Internacional de Contadores de Histórias, escutei o conto O verdadeiro Pai da Casa da boca do contador canadense Dan Yashinsky. Anos mais tarde, por meio da amiga contadora de histórias Kika Antunes vim a conhecer O Sétimo Dono da Casa, conto tradicional da Noruega que inspirou Yashinsky, ou seja, o ‘pai’ d’O verdadeiro Pai da Casa. Essa narrativa me aproximou ainda mais do ‘filho’, que segui contando. Até que uma criança me perguntou: “e será que existe uma verdadeira Mãe da Casa?” Assim nasceu meu reconto do reconto: a história de um viajante que pede abrigo numa casa onde se depara com uma misteriosa sequência de velhas anfitriãs.
Contos autorais inspirados no universo tradicional
A Véia da Gudéia
A história conta as peripécias de uma bruxa brasileira. Escrevi o conto em 2001 com meus alunos de educação infantil, na Casa Redonda, a partir do pesadelo de uma criança de 5 anos. O nome da personagem foi "emprestado" de uma lenda da Pedra do Baú (São Bento do Sapucaí/SP).
CIRANDA DA MÃE D’ÁGUA
A maré subiu, a maré desceu e, de repente, a menina Janaina que brincava na praia desapareceu. Disse o pescador que ela foi levada pela Mãe D’água. Será que a Rainha do Mar vai devolver a criança?
Por meio de brincadeiras e cirandas tradicionais do Brasil, essa história musical, que escrevi inspirada pela canção A Mãe D’água e a Menina, de Dorival Caymmi, conta o que aconteceu naquela manhã.
Pequeno conto de engolir
Escrevi o livro Pequeno conto de engolir (Distinção Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio 2023 e Selo Altamente Recomendável FNLIJ 2024) inspirada em uma brincadeira de faz de conta que vivi com crianças na Escola Ciranda Educação. Mais tarde, convidei a Juliana Storto para ilustrar a história que foi publicada pela ÔZÉ editora.
Por meio desse conto acumulativo, percorremos um caminho que segue sem pressa pela linha do horizonte, despertando memórias que nos remetem à origem do mundo. Pequeno conto de engolir fala sobre o grande Mistério que cabe no instante de uma brincadeira: Era uma vez uma criança e uma poça de chuva.
A narração artística conta com a participação da monstrenga “Bernunça”, figura tradicional do folguedo Boi de Mamão (Florianópolis/SC) que engole tudo o que encontra no caminho.